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sexta-feira, 13 de julho de 2012

A delicadeza de Cecília Meireles sobre a guerra

Cecília Meireles é sempre lembrada como um dos maiores nomes da literatura brasileira. Sua obra é riquíssima, publicou clássicos como Romanceiro da Inconfidência (1953), Mar Absoluto (1945) e Ou Isto Ou Aquilo (1964); Cecília lançou seu delicado olhar sobre os mais diversos temas como o amor, a velhice, os sonhos, a espiritualidade, os fatos históricos, etc. Além deles, a guerra e seus horrores também teve seu tratamento dado pelas linhas da poeta.

Em poemas como "Os Homens Gloriosos", "Guerra" e "Lamento do
Oficial Por Seu Cavalo Morto", Cecília assume a posição de um alguém escandalizado pelo que o homem foi capaz de fazer e que o culpa pela sua sede de glória desmedida. A poeta, que mostra com sua lírica que é diferenciada, chora por um cavalo morto e o decreta, em sua inocência, ser melhor do que nós: "Indigno, ver parar, pelo meu, teu inofensivo coração. Animal encantado - melhor que todos nós! - que tinhas tu com este mundo dos homens?"; a poeta resta completamente desacreditada dos homens diante da realidade que se insere: "o clamor dos homens gloriosos cortou-me o coração de lado a lado. Pois era um clamor de espadas bravias (...) pegajosas de lodo e sangue denso"; a realidade torna-se tão inconcebível que ela deseja retornar ao pó para esquecer o que viu e ouviu os homens fazerem: "Senhor da Vida, leva-me para longe! (...) Reduze-me ao pó que fui! (...) Reduze a pó a memória dos homens, escutada e vivida".

Para ler os três poemas, clique nos links abaixo:

Os Homens Gloriosos
Lamento do Oficial Por Seu Cavalo Morto
Guerra

Douglas P. Coelho

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